terça-feira, 10 de junho de 2008

Doi, eu sei que doi, mas fazer o que? Nessas horas, quando o coração grita, o corpo inflama e a pele arrepia, é que devemos ter a cabeça no lugar, fria e calma, na perfeita espelhitude escocesa, guardando bem fundo esse monstro.
É quando você vê a bifurcação, lá longe bem distante, mas cada passo, a cada dia, lentamente ou com curisco no calcanhar, ela chega, dois caminhos, ou três, talvez mil. Uma só escolha. Falam que é injusto, mas o que mais na vida toda é justa? Caminhar é uma coisa feita por você, por mim, por todos, mas sempre sozinho. Tente desfrutar, mas nunca olhe para trás.

Esse foi um texto pra ser ruim, não quero ele bom, por isso deixo aqui esse poema do Poetinha.

SONETO DA FIDELIDADE

Vinícius de Morais

De tudo, meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor ( que tive ) :
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Um comentário:

Fernanda Fernandes Fontes disse...

Oi Léo.

Pois é, difícil quando o caminho se bifurca, não é...mas fazer o q, como v msm disse, devemos caminhar...e que lindo o poema do Moraes, né...

Passa lá
http://degustacaoliteraria.blogspot.com/

Bjs!